Entenda como o crossdocking agiliza entregas, reduz custos e melhora o uso da frota em grandes operações logísticas.
Com o aumento da pressão por entregas mais rápidas e custos operacionais mais baixos, o crossdocking tem se consolidado. Isto é, ele consiste em uma estratégia para empresas que lidam com grandes volumes de carga.
Assim, em vez de armazenar mercadorias por longos períodos, o modelo possibilita que os produtos cheguem a um centro de distribuição e sigam diretamente para o destino. Ou seja, ocorre o mínimo de manuseio e tempo parado.
Afinal, em operações complexas, os custos logísticos podem representar até 25% das receitas, segundo análises da McKinsey. Essa porcentagem tende a crescer com o aumento das exigências por personalização e rapidez no atendimento.
É nesse contexto que o crossdocking se mostra relevante. Quer entender melhor sobre o assunto? Preparamos este conteúdo com as principais informações. Continue a leitura!
- O que é crossdocking?
- Como funciona o processo de crossdocking?
- Quais são os tipos de crossdocking?
- Quais são as vantagens do crossdocking para grandes empresas?
Boa leitura!
O que é crossdocking?
O crossdocking é um modelo de distribuição que elimina ou reduz ao máximo a necessidade de armazenagem. Em vez de manter os produtos parados em estoque, eles chegam ao centro de distribuição e são rapidamente separados e redirecionados ao destino final.
Assim, não é preciso passar dias – ou semanas – ocupando espaço no armazém. Por exemplo, pense em uma rede de supermercados que recebe diariamente alimentos perecíveis vindos de diferentes produtores.
Com o crossdocking, esses produtos chegam ao centro de distribuição e, no mesmo dia, já são enviados para as lojas corretas. Isso assegura frescor, agilidade e redução de perdas.
Como funciona o processo de crossdocking?
O processo de crossdocking envolve as seguintes etapas:
- recebimento da mercadoria – produtos de fornecedores ou fábricas chegam ao centro de distribuição;
- triagem imediata – as cargas são conferidas e separadas conforme o destino;
- expedição ágil – em poucas horas, os itens já estão a caminho do cliente final ou de pontos de venda.
Quais são os tipos de crossdocking?
Cada modelo de crossdocking tem suas particularidades. Entenda:
Crossdocking pré-distribuído
Nesse é o modelo, cada produto já sai da origem com destino certo, seja um cliente final ou uma unidade específica. A separação é feita ainda no fornecedor, e o terminal logístico funciona apenas como ponto de passagem.
Em outras palavras, o tempo de permanência no pátio é mínimo, a carga praticamente “passa direto”. Esse modelo faz sentido quando sua operação tem previsibilidade e rotas bem definidas. É o tipo ideal para pedidos frequentes e com menor variação.
Crossdocking pós-distribuído
Os produtos chegam misturados, e só depois são organizados de acordo com o destino. Esse modelo pós-distribuído é mais flexível, indicado para operações que mudam o tempo todo.
Por exemplo, uma operação agrícola recebe insumos diversos e decide no dia para quais áreas da fazenda ou usinas eles vão, conforme a necessidade do campo.
Crossdocking consolidado
O foco é otimizar o uso da frota. Isto é, produtos de diferentes fornecedores ou centros são reunidos e consolidados em uma única carga antes de seguir para entrega. É ideal para quem quer reduzir viagens e melhorar o aproveitamento dos veículos.
Crossdocking híbrido
Como o nome sugere, esse modelo combina mais de um tipo de estratégia. É a solução mais completa para operações complexas, que precisam tanto de previsibilidade quanto de flexibilidade.
Faz sentido optar pelo crossdocking híbrido quando sua operação tem diferentes perfis de carga: alguns pedidos são fixos e programados, outros são variáveis e urgentes. Funciona assim:
- parte da carga já vem separada e etiquetada (modelo pré-distribuído);
- outra parte é organizada no terminal (modelo pós-distribuído ou consolidado);
- tudo isso dentro da mesma estrutura logística.
Quais são as vantagens do crossdocking para grandes empresas?
Confira os principais ganhos da abordagem do crossdocking.
Redução de custos com armazenagem
No modelo tradicional, as cargas chegam, ficam estocadas por dias ou semanas e só depois seguem viagem. Com o crossdocking, esse tempo (e o custo associado a ele) é eliminado.
É como um aeroporto em que o passageiro (produto) só faz conexão rápida entre dois voos. Assim, não é preciso sair do terminal ou passar a noite no hotel.
Entregas mais rápidas e eficientes
Com menos tempo parado no centro de distribuição, o tempo total entre o pedido e a entrega diminui. Isso traz mais agilidade e previsibilidade na operação.
Menor risco de perdas e avarias
Produtos que passam menos tempo estocados têm menos chances de sofrer com avarias, perdas por validade ou extravio.
Maior controle sobre a operação
Com o apoio de soluções integradas, como uma torre de controle, o crossdocking pode ser monitorado em tempo real. Isso inclui:
- monitoramento em tempo real – onde está cada veículo, se há desvios de rota, excessos de velocidade, etc;
- atuação preditiva e proativa – redução de acidentes, parada de caminhões e desperdício de combustível, ganhos diretos para operações com crossdocking;
- atendimento 14h, gestão de infrações e relatórios semanais personalizados.
Operação mais sustentável
Reduzir o tempo de transporte e a ociosidade da frota também reduz o consumo de combustível e, consequentemente, a emissão de CO₂.
Por exemplo, em vez de três caminhões fazendo entregas fracionadas, uma única viagem consolidada otimiza rotas e reduz a pegada de carbono da sua operação.
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