Quando a gente fala de transporte rodoviário de cargas no Brasil, é impossível ignorar os desafios da nossa malha viária. Diante disso, o bitrem é uma solução para quem precisa transportar grandes volumes com segurança.
Até porque, com mais de 1,7 milhão de km de estradas federais e estaduais espalhadas pelo país, apenas 12% são pavimentadas. Ou seja, a maior parte das rotas ainda é de terra batida ou cascalho, o que exige muito mais resistência e desempenho dos veículos.
Além disso, segundo a Pesquisa CNT de Rodovias, a qualidade das estradas tem piorado nos últimos anos. Só em 2021 foram identificados mais de 1.700 pontos críticos, como buracos profundos e trechos com risco de acidentes.
Assim, para empresas de grande porte, a locação de frotas otimizadas tem se mostrado uma alternativa. Por isso, neste artigo, você vai tirar as suas principais dúvidas sobre um bitrem, como:
- O que é um bitrem e como funciona?
- Bitrem x Rodotrem: qual a diferença?
- Quais são os tipos de bitrem?
- Qual o valor de um bitrem em 2025?
Boa leitura!
O que é um bitrem e como funciona?
O bitrem é dos conjuntos mais utilizados nas estradas brasileiras, principalmente por empresas que precisam mover grandes volumes com eficiência e segurança.
Ele é formado por um cavalo mecânico (a cabine que puxa o conjunto) e dois semirreboques. Esses módulos são ligados entre si por um engate tipo B, que permite que o conjunto opere de forma integrada, sem precisar de dolly
Principais características do bitrem
- 2 semirreboques – são as unidades que transportam a carga e que se conectam de forma articulada;
- 7 eixos no total – ajudam a distribuir o peso da carga, respeitando os limites da legislação;
- 2 articulações – uma entre o cavalo e o primeiro semirreboque (pela quinta-roda), e outra entre os dois módulos traseiros;
- Engate B – faz a união dos semirreboques de maneira direta, sem dolly.
- Alta capacidade de carga – pode chegar a cerca de 57 toneladas de PBTC (Peso Bruto Total Combinado), dependendo do modelo e das regras da rota.
Essa estrutura proporciona maior tração e flexibilidade em relação a terrenos irregulares. Como sabemos, isso é fundamental na realidade das rodovias brasileiras. Afinal, apenas 12% dos mais de 1,7 milhão km de estradas federais e estaduais são pavimentadas.
Bitrem x rodotrem: qual a diferença?
À primeira vista, bitrem e rodotrem podem parecer parecidos. Até porque, ambos são conjuntos de veículos articulados usados no transporte rodoviário pesado. Mas existem diferenças importantes entre eles que vale a pena entender.
Bitrem
O bitrem é composto por:
- Uma combinação de um cavalo mecânico;
- 2 semirreboques.
A ligação entre o cavalo e o primeiro semirreboque é feita por um sistema de eixo, enquanto o segundo semirreboque é acoplado ao primeiro.
Essa configuração possibilita o transporte de grandes volumes, geralmente utilizado para cargas pesadas em rodovias.
Rodotrem
O rodotrem, por outro lado, é composto por:
- 1 cavalo mecânico;
- 1 reboque intermediário chamado dolly;
- 2 semirreboques.
A principal diferença em relação ao bitrem está no dolly – equipamento com eixos que conecta o primeiro ao segundo semirreboque, permitindo a articulação do conjunto.
Essa estrutura com dolly é obrigatória para configurações com mais de 7 eixos. Ela torna o rodotrem mais longo e, em muitos casos, com maior capacidade de carga. Por isso, ele é indicado para o transporte de cargas extremamente pesadas em rotas com autorização específica.
Além disso, o dolly oferece maior flexibilidade nas manobras e pode distribuir melhor o peso. Isso desde que operado em vias adequadas e com a Autorização Especial de Trânsito (AET).
Qual é o melhor para a sua operação: rodotrem x bitrem?
Tanto o bitrem quanto o rodotrem têm seu lugar na logística pesada. A escolha certa depende de um bom planejamento e de conhecer as particularidades de cada projeto.
Então, se você está avaliando opções de locação de frotas para a sua operação, vale contar com o suporte de quem entende do assunto. Uma consultoria especializada pode ajudar a encontrar o melhor custo-benefício, com segurança, desempenho e, claro, dentro da legislação.
Quais são os tipos de bitrem?
Existem diferentes tipos de composições de bitrem, que variam conforme:
- a quantidade de eixos do conjunto;
- o tipo de carga transportada;
- e o formato dos semirreboques.
A seguir, explicamos os principais tipos de bitrem.
Bitrem de 7 eixos
O bitrem de 7 eixos é composto por cavalo mecânico 6×4 + dois semirreboques (com dois eixos cada). Ele tem PBTC de até 57 toneladas (sem AET). Normalmente, ele é usado em transporte geral de cargas secas, containers, combustíveis etc.
Bitrem de 9 eixos
A composição do bitrem de 9 eixos é de cavalo mecânico 6×4 + dois semirreboques (com três eixos cada). O PBTC é de até 74 toneladas. Você pode usá-lo para transporte de cargas pesadas (soja, milho, minério, grãos em geral).
Bitrem tanque
Trata-se de semirreboques em formato cilíndrico, usados para transportar líquidos (combustíveis, produtos químicos). Ele pode ser de 7 ou 9 eixos.
Bitrem graneleiro
O bitrem graneleiro é usado para transporte de grãos, ração, fertilizantes. Pode ser de 7 ou 9 eixos, dependendo da necessidade de carga.
Bitrem carga seca
Consiste em semirreboques com carroceria aberta ou baú. Ele serve para transportar materiais industriais, embalagens, produtos diversos.
Qual o valor de um bitrem em 2025?
Os preços variam conforme:
- quantidade de eixos (7 ou 9 eixos) – influencia diretamente na capacidade de carga e no valor;
- tipo de carroceria – bitrem graneleiro, tanque, florestal, baú ou carga seca têm variações de custo;
- ano de fabricação e conservação – veículos mais novos ou com baixa quilometragem custam mais;
tecnologia embarcada – sensores, freios ABS, rastreamento e suspensão pneumática elevam o valor.
Portanto, para empresas com alto volume de transporte, a locação de bitrem com gestão de frota completa pode ser mais estratégica do que a compra. Além de reduzir o investimento imobilizado, a locação com gestão integrada oferece:
- frota sempre atualizada e em conformidade;
- manutenção preventiva e corretiva incluída;
- relatórios de desempenho em tempo real;
- suporte técnico consultivo.
Por exemplo, ao contar com uma torre de controle, é possível identificar que o motorista ultrapassou a velocidade permitida em 15% na BR-262. Esse tipo de suporte ajuda a evitar acidentes, reduzir custos e otimizar rotas.
Alugue com a Addiante: menos burocracia, mais resultado
Como visto, investir em um bitrem – seja por compra ou locação – exige mais do que simplesmente comparar preços. Isto é, também é preciso entender a operação, as rotas, o tipo de carga e o desempenho esperado da frota.
Na Adiante, acreditamos que uma operação eficiente começa com uma boa parceria. Por isso, atuamos lado a lado com o cliente. Assim, cada bitrem entrega o máximo de performance com o mínimo de imprevistos. Portanto, fale com nossos especialistas e receba uma proposta sob medida para a sua operação!